Palau: It´s diving time!!
Inauguramos o continente da Oceania com este destino maravilhoso e tão remoto.
Depois de chegarmos ao hotel cerca das 2h fomos de imediato dormir. O Hotel DW é um hotel simples mas com uma excelente relação qualidade preço para Palau. Pelo preço que pagamos por este pequeno e simples quarto podíamos ficar num hotel 5 estrelas em Las Vegas! De qualquer das formas dormimos muito bem e acordamos também muito cedo com o objetivo de procurarmos um negócio last minute e dessa forma pouparmos bastante dinheiro. Pelo que entendemos, todo este paraíso do Pacífico Sul é bastante caro, provavelmente devido à influência norte-americana neste continente após a WWII, onde o dólar é rei e senhor bem como todas as suas contrapartidas, taxas e “tips”. É algo que me desagrada profundamente, com certeza que estas ilhas poderiam ter custos ao nível do sudoeste asiático caso os americanos não tivessem ganho a guerra do Pacífico.
Depois de tomarmos o pequeno almoço à americana com umas tostas, ovos e café a um preço exorbitante para Portugal e um atendimento desleixado e nada simpático, coisa típica para estes lados como viemos a constatar e sobretudo bem diferente da serventia a que os japoneses nos habituaram, partimos à descoberta de centros de mergulho.
O nosso objetivo inicial era um “live aboard”(estadia num barco com tudo incluído) como tivemos nas Galápagos mas nada feito… aqui era preciso marcar em adiantado e com preços entre os 2500-3500€ cada um durante 1 semana. De loucos mesmo! Paramos logo num discreto centro de mergulho em frente ao café de uns coreanos e tinham um pacote interessante de hotel e mergulho mas decidimos ir à procura de mais. Entretanto falaram-nos num centro de mergulho próximo da ponte que ligava Koror a Malakal e pareceu-nos muito pouco profissional e era bem mais caro do que o Coreano.
Durante o caminho começamos a ver o Palau pela primeira vez, já que tínhamos chegado de noite e a primeira imagem não é deslumbrante, é uma mistura de betão e carros americanos e japoneses no meio de casas pouco cuidadas mas com um aspeto típico para a região. Tem um quê de americano com polinésico, rodeado pelas famosas ilhas interligadas por pontes de betão mas com águas paradisíacas e transparentes. Durante o caminho, até avistamos uma eagle-ray ainda juvenil e ficamos entusiasmados para o difícil caminho sob o calor avassalador debaixo do sol do Palau. Entretanto indicaram-nos o caminho do Sam´s, um famoso centro de mergulho local que tínhamos visto na internet e com excelentes revisões pelo que decidimos tentar a nossa sorte. Ao chegarmos lá encontramos um nível de atendimento incrível e a pessoa que nos atendeu conseguiu, sem dúvida, convencer-nos a mergulhar com eles. O principal problema era o medo da Filipa em relação aos tubarões mas ela conseguiu dizer as frases certas para, apesar do receio ainda presente, ela considerar fazer uma semana de mergulho.
Palau é um autêntico paraíso mas sem praias aqui na ilha principal, pelo que Palau gira totalmente à volta do mergulho. Não há praticamente mais nada para se fazer aqui. Para irmos para as raras praias e spots de mergulho temos que apanhar sempre speed boats. Os preços dos tours de snorkeling ou de kayak eram exorbitantes (na ordem dos 130USD cada um!!)
Depois de termos escolhido o hotel, West Plaza Malakal (bem melhor que o hotel da noite anterior), decidimos ir experimentar a água junto ao Sam´s e dessa forma ensaiar o equipamento de mergulho e sobretudo os receios ainda presentes na Filipa. A sensação de entrar na água revitalizou-nos por completo. Que água quente! Nem refresca, é um autêntico caldo de água quente. Esta sensação vale por tudo e pelos milhares de quilómetros que fizemos para chegar até ao extremo oriente.
Amanhã é dia da Filipa enfrentar o primeiro mergulho e não há como evitar os tubarões, é a forma como os encaramos que é preciso mudar. São apenas mais um animal neste ecossistema e nada mais do que isso. Temos que respeitar todos eles sem exceção 🙂