Get Ready! Set! Go!
Depois de um dia cheio de trabalho e de stress até ao pescoço, embarcamos em mais uma aventura. O nosso dia começou às 8h30 do dia 14 e termina em LA às 23h50 do dia 15 (8h mais cedo do que em Portugal, por isso o nosso dia teve 32h).
Não digo que tenha sido uma direta, mas houveram poucas horas de sono.
No voo de LX para Amesterdão, passamos pelas brasas e no voo de Amesterdão para LA, dormimos cerca e 3h. O avião da KLM não foi confortável o suficiente para nos permitir dormir mais. O AC estava demasiado frio e ao nosso lado ia o russo mais estranho de sempre! Achava que estava no sofá de casa, tocava bateria com as mãos e estava claramente em stress por estar fechado há tantas horas.
Quando chegamos a LA, alugamos um Mustang branco maravilha e fizemos-mos à estrada, mas com muito estilo. Eu com os meus óculos vintage e o Di com os seus óculos à beach boy.
No caminho até ao nosso primeiro destino, passamos por Downtown LA e vimos o Hollywood sign ao longe! Ficamos com a sensação que LA afinal não é assim tão grande quanto julgávamos e num instante percorremos as várias zonas da cidade. Isso ou então tivemos uma grande sorte e não apanhamos um grande fluxo de transito… Apesar de nós acharmos que eram imensos carros.
O nosso primeiro destino foi a “Casa Walsh”, a casa dos gémeos Brandon e Brenda Walsh, da série Beverly Hills 90210, a primeira série, um dos itens da minha Bucket List. Para quem está a ler e nasceu antes de 1978 e depois de 1985 poderá não saber que série era ou até não entender ou não dar o devido valor. Mas quem se grudava ao écran (como eu) sempre que se ouvia a música da série (Tararara Tararara), vai entender a importância da nossa trabalheira em encontrar a casa. Era como ir a Roma e não ver o Papa, tinha de ser!
Foi bastante difícil de encontrar e ficava na preferia oposta da cidade, em Passadena, bem longe de Beverly Hills. Quando lá chegamos, eu parecia uma criança aos saltos, com um sorriso de orelha a orelha. Não queria acreditar! Era mesmo a casa deles!! Foi surreal, voltei aos tempos de criança, quando venerava aquela serie e pela minha cabeça passaram vários e bons momentos da série e da minha adolescência: posters nas portas dos armários, cromos nos cadernos, cadernetas, estojos, cadernos e lapiseiras para as aulas, Barbies e Kens, roupa que eu pedia à minha mãe para ser parecida com a Brenda!!! Idade da parvalheira, mas que me traz memorias muito boas.
No entanto, nunca no meio dos meus suspiros pelo Dylan McKay e pela Brenda Walsh, me passou pela cabeça que estaria à porta daquela casa um dia. Ainda quis ir bater à porta, mas o Diogo dissuadiu-me da ideia e convenceu-me a entrar no carro e a dizer adeus à casa com que tanto sonhei, antes que eu o fizesse passar a maior vergonha da vida dele!
Na volta, decidimos ir até Malibu e aproveitamos para ver o Pier de Santa Mónica, outro item da minha Bucket List. O parque para parar o carro custa 12$ mas desiludiu. O tempo não ajudou porque estava muito vento e frio apesar do sol, mas o parquet de diversões é M I N U S C U L O! A roda gigante é mais pequena do que a do Bracalândia e a montanha russa anda à velocidade louca de 10km/h! Parece um mini parque de diversões. Tem as típicas bancadas de tiro ao alvo, muito característico dos EUA, onde o rapaz atira num alvo para a rapariga escolher o peluche. Vimos alguns sem abrigo nesta zona mas nada de especial.
Fomos até à praia de Santa Mónica para sentir o “cheirinho à Baywatch” mas fomos corridos pelo vento e pela areia. Ainda conseguimos tirar fotografias à Mitch e CJ numa das casinhas de vigia.
No caminho pela estrada até Malibu vimos paisagens lindas e casas de sonho em cima da areia: grandes e pequenas, estilo imperial e estilo bungalow, casa de bonecas e casa ator de cinema. Todas seguidas e com pilares sobre a areia.
Como não tínhamos muito tempo até ao voo, voltamos para trás. Acabamos por jantar num restaurante de peixe grelhado, que deixou muito a desejar, comparando com os nossos restaurantes.
Voltamos à estrada e fomos devolver o Mustang. Agora estamos à espera de embarcar para Papeete. Partilho algumas fotos que tiramos hoje.
Venice Beach
Chegamos a LAX com 5h de sono! Nada mau!
Apanhamos um taxi, que dividimos com o Rob, um holandês que fazia mergulho connosco, e viemos até ao hotel pousar as máquinas. O hotel é muito bom! Obrigada Maria e Francisco pela dica! Fica mesmo em frente à praia e tem umas condições brutais.
Fomos imediatamente tomar o primeiro banho de água quente há 6 dias! Não vos tinha dito?! O hotel em Rangiroa não tinha água quente nem toalhas! Pelo luxo de ter uma toalha pagava-se 5$/por dia/por pessoa! Um absurdo! Fizemos greve disso! Água fresquinha a cair pelo corpinho e secar ao ar, coisa rápida por aqueles lados!
Depois do banho fomos ver o Venice Broadwalk. Só conseguimos descrever a cena como o maior freak show que já vimos. Imaginem (quem ainda não esteve cá) um conjunto de pessoas que nada tem a ver umas com as outras, todos os estilos possíveis (desde o punk, ao ex-presidiário, ao hip hop, ao gótico e ao surfista), tudo a passear por um calçadão junto à areia, repleto de artistas self-made a tentar vingar, tocando, cantando, fazendo artigos de decoração, lojas onde se vendem t-shirts personalizadas, bonés (comprei um boné super giro!), bolsas, artigos de consumo de marijuana, óculos de sol, lojas de chineses, barracas de venda de produtos do mundo, lojas de skaters, de surf, cafés, restaurantes, sem-abrigo espalhados por todo o lado, casas de banho públicas, zonas de skaters, campos de basket, de ténis, de musculação, de ioga, de acrobacias, faixas exclusivas para skaters, patins e bicicletas, ao fundo o mar, com as casas dos “Life guards” da série Baywatch, os jipes deles com as sirenes ligadas… MEU DEUS!
Tanta informação, mas ao mesmo tempo tudo parece funcionar em sintonia. Exceto quando um sem abrigo decide implicar com outro, de raças diferentes e quase dá pancadaria! Até a polícia se veio meter, a nosso ver desnecessariamente, porque quando chegaram já tudo estava mais do que resolvido e só vieram levantar mais poeira.
Almoçamos aqui e passamos a tarde a fazer caminhadas pelo calçadão, para trás e para a frente. Os fulanos que usam todas estas áreas de desporto muitas vezes vinham meter conversa connosco e perguntavam de onde eramos e se estávamos a gostar de LA. Os sem abrigo notava-se que estavam todos viciados em drogas e/ou álcool. Vida difícil…
Depois fomos jantar ao Abbot Kinney, a um restaurante muito trendy e voltamos para o hotel.
Amanhã é dia do Universal Studios!
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Universal Studios
Hoje foi o dia de irmos à Universal Studios! Foi um dia muito passado, com muitas aventuras, diversões, risos e descargas de adrenalina!
Tínhamos programado ir de autocarro desde Venice Beach até à Universal Studios e saímos do quarto por volta das 8h da manhã para estarmos lá por volta das 9h ou 9h30. O problema é que não encontrávamos a paragem de autocarro e quando fizemos os cálculos com o GPS do telemóvel dizia que demorava 2h a chegar lá de autocarro. Mas lá encontrámos a Bus Stop e, depois de vermos muitas pessoas estranhas (desde esquizofrénicos a hispânicos todos tatuados, inclusive na cara), lá entrámos no autocarro em direção à Universal.
Num instante, desistimos da ideia de irmos de autocarro e fomos procurando, entre paragens, agências de aluguer de carros. Fomos à Enterprise e queriam 100$ só para podermos deixar o carro no aeroporto na segunda de manhã (sim, queríamos alugar o carro 2 dias)! Imaginem a roubalheira! O Diogo quase os insultou e saímos. Fomos tomar o pequeno-almoço e reparámos que já eram 10h da manhã…
Chamámos um taxi e fomos para a Avis mais perto. A Avis dá-nos desconto com o cartão da Tap Vitória (Obrigada ao Francisco e à Maria, por mais um excelente dica!) e conseguimos um preço bem mais aceitável: 195$/2 dias com GPS e seguro. Não conseguimos fazer a reserva online e por isso ficou o dobro mais caro, mas na Enterprise queriam esse valor mais 100$ só para podermos deixar o carro no aeroporto. NOT!!
Lá saímos rumo ao nosso destino. Tínhamos comprador o “Front of the Line Ticket” (obrigada à Liliam e ao Augusto pela dica muito valiosa!) e isso permitiu que pudéssemos passar à frente de toda a gente em todas as atrações. Estão a imaginar um parque de diversões tipo DisneyLand num sábado com bom tempo? Estão a imaginar as filas absurdas que se formam? Estão a imaginar-nos a passar à frente disso tudo? Foi brutal!! Soube mesmo bem e demos graças a deus termos optado por esse bilhete (apesar de ter sido o dobro do dinheiro).
Rapidamente chegámos à conclusão que se não tivéssemos esse bilhete não tínhamos conseguido ver as atrações todas. São 13 atrações, sendo que 2 são para crianças e uma não fomos a tempo de ver, mas também era a que menos nos interessava (Animals Actors, onde podemos ver os animais famosos que participam nos filmes e series de TV).
Cada atração demora cerca de 20 minutos com filas de +-1h! Ou seja, era 1h30 para cada atração. Multiplicando 90 minutos x 13 dá 1170 minutos – cerca de 20h, mais o tempo de deslocação entre atrações, almoço, paragens para descanso, ver lojas e tirar fotos com as personagens que passeiam pelas ruas. Seria impossível!!
Começámos pelo WaterWorld (filme protagonizado pelo Kevin Costner), onde só existe água no planeta e os humanos procuram um pedaço de terra seca para viverem. Os efeitos especiais eram muito bons e até aterrou uma avioneta dentro do recinto, com direito a explosões, motas de água e tiros! Os Americanos são muito cautelosos no que toca aos avisos. Então, sempre que uma pessoa pode-se molhar, eles avisam. Em todas as áreas onde as pessoas se podiam molhar, eles tinham escrito “Soken Wet Area” (área de ensopar) e mesmo assim, avisavam oralmente para os mais distraídos. Nós optámos por uns lugares mais secos, mas o mais perto possível da “ação”!
Ficámos 2 bancos atrás da Soken Wet Area! Ainda levámos umas borrifadelas, mas nada de especial. As pessoas da área molhada saíram totalmente molhadas, encharcados da cabeça aos pés!! Aconselhamos o Water World, pelos efeitos visuais e sonoros e pela ação constante das cenas. Parece mesmo que andam ao soco uns com os outros.
Daqui partimos para os Minions e o Gru o Maldisposto. Foi muito bom!! Um simulador com 3D, tipo montanha russa que não sai do lugar com uma pequena história do filme. O Diogo sentiu imenso o frio na barriga e demos imensas gargalhadas. Para mim, foi um dos melhores!!
De seguida, (já eram 13h30) fomos para o “Lower Lot”, onde tínhamos o Jurassic Park, a Múmia e os Transformers. Os primeiros dois são montanhas russas e o segundo é outro simulador.
O Jurassic Park começa com uma pequena viagem entre plantas exóticas, vegetação densa, com sons de animais exóticos (e extintos!), vê-se alguns dinossauros (os bons) a comer vegetação e parte para uma suposta quebra de segurança, onde os dinossauros (os maus) se soltam e tentam nos apanhar. Faz uma subida a pique e de repente desce por um ribeiro e pára num lago, onde salta água para cima de nós e ficámos todos molhados! Partes más: os bonecos dos dinossauros estão muito mal feitos e nota-se ao longe que são plastificados e falsos. Partes boas: a parte de fugir dos dinossauros e a subida onde o T-Rex quase nos apanha as cabeças de repente foi excelente!
A seguir fomos para a Múmia, onde entrámos para uns carros e andámos dentro de uns túneis muito estreitos e baixos, tipo corredores dos túmulos egípcios (muito bem feitos, por sinal!) e de repente o carro começa numa montanha russa super forte, com abanões e sacudidelas e até chega a andar para trás!!
Bom: a construção do cenário e a montanha russa em si (apesar de eu detestar montanhas russas).
Mau: demasiado curta, só durou nem dois minutos! Ótimo!! Eu estive sempre com os olhos fechados, super agarrada à barra e não vi puto! Saí de lá a tremer e com o Diogo a perguntar se eu estava bem… Até os pulsos me doíam de me agarrar à barra!
Os Transformers (o meu preferido, apesar do filme e os desenhos animados não me dizerem grande coisa) brilhou pela qualidade dos cenários, pela história contada dentro do simulador, pelos abanões, pelos sustos, pelos sons… tudo! A única coisa que deixou a desejar foi a qualidade de imagem 3D que me pareceu estar um pouco turva, mas pode ter sido dos meus óculos, porque o Diogo não se queixou. Mas regra geral, foi extremamente positivo, com voos, quedas altíssimas, com monstros a tentar apanhar-nos e abanões muito semelhantes ao real. Era o que eu faria de novo se lá voltasse. (junto com os Minions, o Water World e os Simpsons. Faria de novo o do King Kong, sem a parte do tour!)
Quando saímos ainda fomos ao NBC Universal, um tipo de museu onde tinham expostas roupas usadas nos clássicos do cinema, o E.T., um óscar, o DeLorean (o carro do regresso ao futuro), entre outros.
Voltámos para o “Upper Lot”, onde demos de caras com “Springfield”, a cidade dos Simpsons! Estava tudo genial!! Para quem é aficionado nesta série, como nós somos, encontrávamos tudo! O Kwik-E-Mart do Apu, a Krusty Land, a prisão de onde o SideShow Bob fugiu, os carros do polícia, etc… Fomos almoçar (já eram quase 15h) no Krusty Burger e quase que bebemos uma Duff Beer! No entanto, aconteceu alguma coisa e tivemos de ser evacuados mal nos sentámos na mesa para começar a comer. Não sabemos o que se passou, mas comemos na esplanada e seguimos caminho!
Fomos para o Simpsons Ride e foi muito, muito bom! Outro simulador 3D, com alguma coisa de 4D (sensações e borrifadores de água) que conta a história do SideShow Bob a tentar apanhar os Simpsons (foram eles que o denunciaram). A melhor parte é quando a Maggie é apanhada por material radioativo, fica um bebé gigante e pega no nosso carro e mete-o à boca como uma chupeta e nós vemos o interior da boca dela e sentimos o sugar para trás e para a frente da chupeta! Foi brutal!
A seguir fomos ao “Special Effects Stage”, uma sala onde eles explicam como se fazem os efeitos especiais. O Diogo foi escolhido como cobaia e participou numa das explicações. Foi super giro e eu filmei a parte do Diogo toda! Tinham um ajudante que era meio palhacito e fazia para lá umas brincadeiras engraçadas! Fartei-me de rir!
Daqui partimos para o Shrek 4D, uma sala de cinema 3D com efeitos 4D. Ora o que são os efeitos 4D?! Por exemplo, no início o burro e o Shrek estão a ver uma aranha e ela divide-se em muitas aranhitas que saltam para os nossos pés e nós sentimos umas pecitas quaisquer a tocar-nos nas pernas! Eu adorei e o Diogo deu um salto! Foi super giro! As cadeiras mexem-se também tipo simulador e do encosto da cabeça saíam uns sopros que imitavam o vento.
Por fim, o último foi o “Studio Tour”, que nos leva a ver os sítios onde alguns filmes e séries foram feitos. Entre eles, estiveram as Desperate Housewives, o Jaws, o Psico, o King Kong (onde também tinha um simulador que foi muito muito bom! Aconselhámos vivamente a ir!) e o Guerra dos Mundos, entre outros pequenos filmes, mais antigos tipo de cowboys etc que não me lembro do nome.
Conselho: o autocarro tem 4 carruagens, nós fomos no da frente e não foi tão bom. O 3º na nossa opinião será o melhor, mas seria para ficarmos todos molhados! Também fomos a um simulador de terramoto num metro onde o teto cai e começa a entrar água pelas escadas que parece que vem mesmo para cima de nós (o autocarro não tinha janelas!).
Antes de irmos embora, ainda fomos ver as lojas e comprar os souvenirs e depois fomos jantar ao Farmers Market onde comemos uma pasta muito saborosa! Já vou fazer em casa!
Agora vamos dormir porque amanhã é dia de HOLLYWOOD!!
“I’LL BE BACK!” by Arnold Swarzennegger in Terminator
Vejam as fotos com os nossos comentários. Foi um dia em cheio de Hollywood, Beverly Hills, Griffith Observatory, Mulholland Drive, Rodeo Drive, Brentwood, Los Feliz, tentativas de ver casas de famosos e West Hollywood. Estou um bocadinho desiludida por não ter conseguido ver ninguém famoso, mas já sabia que ia ser difícil…
Amanhã, segunda-feira às 14h, já estamos de partida para um voo até Amesterdão e de seguida para Lisboa. Devemos chegar na terça por volta das 15h.
Um obrigada a todos os que nos acompanharam e “não percam o próximo episódio porque nós também não!”
Vídeos Universal Studios