Seguimos em seguida para norte a caminho de outra cidade sagrada, Karbala.
Najaf foi o destino mais a sul desta aventura. Depois de mais alguns check points chegamos ao centro da cidade. O mesmo caos urbanístico ladeado por lojas e restaurantes. A cidade é sagrada e o local onde um dos mais importantes descendentes de Maomé está enterrado, o Iman Hussein, e também o seu irmão.
Depois de almoçarmos um tenro borrego inesquecível, refugiamo-nos no quarto para nos protegermos do calor. O deserto está aqui perto e o vento continua a queimar os olhos. Nunca estivemos num sitio assim tão quente.
Ao final do dia, já vestidos de acordo com as regras, dirigimo-nos às mesquitas. O calor continua insuportável, não há tréguas por estes lados.
Os diversos checkpoints fazem-nos sentir seguros, segundo o Abdul, nunca houve e é impossível haver qualquer atentado aqui tal é o nível de segurança. O Cristiano continua a ser o free pass e desmonta o ar sério dos soldados.
Na praça principal, a multidão junta-se. Aqui vemos o verdadeiro Islão, da família, da alegria, da paz. Todos estão felizes e alinham-se em frente às mesquitas para tirarem fotos.
Estamos num dos locais mais importantes do Islão, o equivalente a Fátima. No interior, a mesma histeria e devoção de Najaf. A arquitetura é a mesma. Todos beijam a porta de ouro da entrada. O Iman protege-os das doenças, incluindo do Covid.
Os doentes aproximam-se do túmulo para serem abençoados e ficarem curados, tocando e beijando as grades prateadas que o ladeiam. Alguns vão suportados aos ombros de familiares.
Cá fora, foi tempo de interagirmos com os locais. Eu não posso falar diretamente com as mulheres e muito menos tirar-lhes fotos, por isso a Filipa, com a tradução do Abdul, falou com as mulheres e terminou com uma ou duas fotografias.
Relativamente aos homens, os papéis inverteram-se, foi a minha vez. No final, obtivemos um conjunto de conversas doces e curiosas, com fotografias à mistura. Foi muito bom conhecer este devoto Iraque.
Ainda não acredito que estou aqui, várias vezes tenho que me relembrar de onde estou e sorrio. Estamos mesmo em pleno Iraque e a adorar. Se as pessoas soubessem como este país é incrível