El Paredón

Abril 2021

Quando os 29°C da água do mar molharam os nossos pés olhamos um para o outro e com os olhos a brilhar agradecemos termos optado por vir até aqui. Com os pés panados de areia preta, por vezes lavados pela água salgada, basta-nos parar e absorver toda a energia positiva e relaxar. À nossa volta areia preta, mar escuro, palmeiras e poucas construções em madeira com telhados de colmo.

O mar está bravo, quase tanto quanto as estradas que nos trouxeram aqui. As ondas explodem em espuma expelida em altura que parecem cavalos a cavalgar na nossa direção. O sol queima a pele muito rápido e o protetor é absorvido depressa demais. Debaixo dos colmos bebem-se “cervesas” e trincam-se uns nachos com guacamole, enquanto se ouve música local intercalada com música chill-out que insiste em furar o esquema da salsa e da sua batida tradicional.

Na areia estão os locais com os olhos colados nas ondas, à espera de um sinal qualquer que lhes diz que a corrente está aparentemente favorável para desatar a correr com a prancha debaixo do braço e é com muita agilidade que apanham a primeira onda, como se tivessem nascido a fazer isto. Parece tão fácil… Apanham todas as ondas que aparecem, quer sejam grandes ou pequenas, com ou sem espuma, fazem manobras e raramente caem. Ouvem-se gritos efusivos de aplausos, de incentivo e festejos. 

As estradas secundárias são em areia e a principal em asfalto com eventuais buracos e lombas não sinalizadas que fazem voar os carros dos condutores mais distraídos (nós). Vacas a pastar e matilhas de cães povoam a estrada.

Os sítios para dormir pontuam a pequena vila, uns melhores que outros, em diversos aspetos. Uns com pior aspeto, oferecem a melhor comida, outros com boa música e boa piscina disponível em troca de consumo obrigatório, outros com boa comida e em frente à praia, mas não permitem o uso do lento Wi-Fi nem da piscina (solo para huespedes). Entre indecisões do que será a melhor opção, acabamos por ceder à boa música, boa piscina e Wi-Fi precário, apesar de não estar em frente à praia.

Na praia, a espuma cavalgante dificulta a vida dos nadadores mais exímios e para tomar um banho salgado, só no rebentar das ondas com água pelos joelhos que sobe quando a onda enrola na areia. Aqui recomenda-se uma boa esfoliação, usando areia preta para renovação completa da pele.

Em El Paredón pratica-se o “dolce fare niente” e 3 dias pareceram o paraíso, com excepção dos mosquitos que nos visitam de noite. 

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