Chegados ao Dubai, deparámo-nos com um aeroporto (que já conhecíamos) cheio de homens e mulheres que a sua aparência nos faz duvidar das suas intenções, tudo o que o noticiário e jornais nos incute! Tudo mentira, obviamente!
Quando chegámos à imigração, estava uma fila gigante e começamos logo a trocar mensagens com o Steve e o Tobi, que estavam do lado de fora à nossa espera. Logo de imediato começaram as piadas próprias de gays e impróprias para menores de 18 anos!
Quando chegámos à casa do Steve, onde ficámos a dormir, tomámos um duche para refrescar ideias e eles encomendaram comida árabe para jantarmos em casa e depois irmos beber um copo a um clube. A comida era excelente, com húmus normal e húmus de beringela, carne e pão pita. O Steve abriu uma garrafa de vinho, uma de champanhe Dom Perrignon de reserva 2004 (imaginem!!!) e um shot para cada um duma bebida destilada japonesa tipo amarelinha. Eu fui a única a beber… Ok… We are ready to party!
Descemos até à rua e entramos logo no primeiro clube. Estilo country, cheio de rashids, com um insuflável no meio com um touro para montar. O Steve inscreve logo o Diogo para ver quanto tempo o vet aguenta em cima do touro!
Ele lá vai, ao som de uma música americana, monta o touro que começa imediatamente a rodopiar. Tenho a dizer que o Di aguentou-se muito bem em cima do touro, revelando habilidades que eu desconhecia.
Hoje foi o dia de conhecer a cidade que nunca dorme e que vibra com cada turista que passa. Primeiro fomos ver o Souk, cheio de tecidos, especiarias, cheiros e pessoas a chamarem-nos para nos vender tudo e mais alguma coisa. Depois de uma viagem de barco para atravessar o canal, “perdemo-nos” nas ruas e vielas. Voltamos para o barco e dirigimo-nos para o Burj Al Arab, o primeiro hotel 7 estrelas do mundo.
Depois de uma viagem super longa (aqui é tudo longe) e de vistas de arranha-céus por todo o lado, chegámos à praia Kite Beach Jumeirah (a única praia pública desta zona, onde se pode ver o Burj). Mal vi o mar, pensei que a água devia estar maravilhosa e disse que queria pôr o pezinho dentro de água. Lá fomos nós! Quando toquei na água…. MARAVILHA!!! No mínimo 32 graus! ADORO!!!! Só me apetecia atirar-me de cabeça! Foi aqui que pensei que morar nesta cidade deve ser brutal!
Depois de uma série de fotos, inclusive as tradicionais fotos a saltar, voltámos para o carro e seguimos caminho até ao Burj. Pensei eu que íamos entrar, tirar fotos… não! Para isso, é preciso ter uma marcação ou no hotel, ou no restaurante (clicar no butão “BURJ AL ARAB” para explorar mais sobre este hotel). Fomos barrados no portão por um segurança e tivemos de tirar fotos de bem longe…
Voltamos a fazer-nos à estrada para desta vez irmos ver o The Palm (situado na famosa e artificial palmeira desenhada no chão, repleta de hotéis, canais, lojas, shoppings, iates e restaurantes de luxo) e o Atlantis, com a sua porta magnífica a marcar a entrada (famoso pela sua participação em vários filmes, nomeadamente o Sexo e a Cidade, e pelas suas festas, estreias e marcações de estrelas de cinema de todo o mundo).
Aqui, por todo o lado, consigo desejar estar sentada só a apreciar a arquitetura e a tirar ideias para os meus projetos. Tudo é extravagante, fora deste mundo e cada sítio quer ser melhor do que o outro.
Eles são uns queridos e têm-nos pago tudo! Desde os bilhetes de barco, as águas obrigatórias devido ao calor absurdo, os parques de estacionamento… Querem-nos mostrar tudo e mais alguma coisa e querem garantir que a nossa experiência aqui é a melhor possível. Então, levam-nos a um restaurante num dos arranha-céus só para que nós consigamos ver a palmeira de cima e termos uma vista fenomenal para a cidade. Mas chegamos lá e estava fechado.
Mal chegamos, perguntámos se havia alguma coisa que não se devesse fazer ou alguma coisa que fosse obrigatório e eles disseram-nos que dizer palavrões na rua e gestos ofensivos não eram vistos com bons olhos, podendo mesmo levar a uma detenção. Disseram-nos também que em determinados sítios eu devia usar um lenço na cabeça e que não podia andar à frente dos homens do grupo. Eu pedi para me dizerem quando teria de o fazer e eles prometeram que o fariam. Este restaurante era um desses sítios. Então, coloquei o lenço na cabeça e andei sempre atrás deles, como uma boa menina.
Como o restaurante estava fechado, levaram-nos para o shopping para irmos almoçar ao “The Cheesecake Factory”, onde nos serviram um prato GIGANTE que dava para 2 pessoas à vontade. Neste shopping também é obrigatório andar de véu e atrás do grupo de homens, então lá fui eu muito bem comportada e obediente. Lá não víamos muitas mulheres de lenço na cabeça e eles explicaram que havia uns polícias no shopping vestidos de verde que faziam abordagens às mulheres que não cumpriam as regras e que lhes mostravam um cartão vermelho e que isso envergonhava os homens. Isto realmente não é nada normal, mas esta religião é mesmo assim.
Neste shopping, têm uma pista de gelo, onde todos querem ir com as crianças, para fugir ao calor das ruas. De repente, vejo estes dois caramelos gays a rirem-se como dois perdidos e sem saber o motivo, pergunto o que se passava. Eles entre risadas explicam que eu não tinha de usar o véu nem andar atrás deles, que era só uma partida mas que eu me portei muito bem! MOTHER FUCKERS!
Rimo-nos todos e eu disse que a partir daquele momento ia usar o véu para os envergonhar e que ia fazer cenas para eles ficarem mal vistos! Mas gostei de usar o véu e consegui fotos muito giras. Valeu a partida! Eles são mesmo assim e não se pode acreditar em nada do que eles dizem! Perguntei se a história dos palavrões e dos gestos também era mentira e eles disseram que não, para eu não me pôr a fazer gestos e a mandar as pessoa para aquele sítio senão ainda ia presa!
Saímos do shopping e fomos levar o Steve a casa porque ele tinha de dormir antes do voo dele para Phuket daí a umas horas e fomos com o Tobi conhecer a casa dele e o gatinho fofinho dele, o Jake. Ele encontrou-o na rua e adotou-o e disse que agora o Jake era como uma Housewife que vivia à conta dele.
A seguir fomos até ao Burj Khalifa, a maior torre do mundo onde tem um shopping com um aquário gigante lá dentro, com tubarões, raias, peixes enormes e onde se pode fazer mergulho enquanto as pessoas cá fora conseguem assistir. Aqui compramos o nosso souvenir (uma moeda falsa dourada) e voltámos para casa do Steve para jantarmos e dormirmos para irmos para a Índia daí a umas horas.
Despedimo-nos do Steve que já estava de saída para Phuket e ficamos a jantar e a dormir sozinhos na casa dele. A casa dele tem uma vista fabulosa para a cidade onde até o mar se vê.
No aeroporto conseguimos ouvir os cânticos árabes, os chamamentos para as rezas e super ansiosos por pôr os pés na Índia! Vamos começar por Delhi!
Dubai – onde dormir e o que fazer
Hotel Dubai
Em casa do Tobi, um amigo que conhecemos na Coreia do Norte.
Dubai – formas de deslocação
No carro do amigo 🙂
Duba- onde comer
Jantar fora no Dubai é muito mais dispendioso do que em Portugal, facilmente uma refeição num restaurante ultrapassa os 30€/pp
Pontos de interesse no Dubai
- Pista de gelo no Mall of the Emirates.
- Aquário no Burj Khalifa.
- Praias com água a mais de 30º… ADORO!
- Ouve-se dizer “está abrir aqui ao lado uma cidade nova”, como se estivessem a falar de um restaurante ou uma loja.
- A comida é cara, mas óptima.
- Burj Al Arab, só se entra se tivermos uma reserva no hotel ou no restaurante.
- Souk, porque é sempre incrível perdermo-nos nas ruelas repletas de cheiros, cores, texturas, luzes e comida.
- No entanto, achamos o Dubai demasiado artificial e preferimos destinos mais genuínos e desconhecidos.